Animal ameaçado de extinção ficou internado no Hfaus por 44 dias, após ter sido encontrado debilitado e com uma lesão na região craniana
O Instituto Brasília Ambiental realizou, na última quinta-feira (27), a reintegração de um lobo-guará à natureza. O animal estava internado no Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), instituição administrada pela autarquia ambiental, em convênio com a Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV). A internação aconteceu no dia 14 de maio, em decorrência de uma lesão na região craniana, próximo à orelha esquerda.
A soltura foi realizada no mesmo dia de sua alta, após receber uma marcação, na orelha direita, para ser reconhecido e monitorado pelas armadilhas fotográficas instaladas em locais estratégicos na região do Instituto Teosófico de Brasília, em Brazlândia. Esse foi o local escolhido pelo Brasília Ambiental, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para seu retorno ao Cerrado.
“Esse trabalho de devolução do lobo-guará realizado por nós, em parceria com o Ibama, reforça o nosso papel de defender o meio ambiente, pelo fato de ser um animal ameaçado de extinção. Parabenizo, também, toda a equipe do Hfaus pelo atendimento prestado durante todo o período em que o animal esteve naquela instituição, sendo cuidado“, disse o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, que acompanhou a soltura do animal na reserva ecológica.
O lobo-guará devolvido ao Cerrado é um macho adulto que foi encontrado no Lago Oeste. Durante os 44 dias de internação, os profissionais do Hfaus prezaram por mantê-lo o mais isolado possível, acessando-o apenas para alimentação e assepsia da ferida. Tudo isso para não acostumá-lo com a presença humana e aumentar as chances de sucesso no seu retorno ao ambiente natural.
“É muito emocionante conseguirmos recuperar e soltar um animal deste, que é um símbolo não só para o Cerrado brasileiro como também para a fauna como um todo. Ele é um excelente dispersor de sementes. Apesar da cicatriz que ficou da ferida, ainda é muito saudável e vai poder perpetuar a espécie”, afirma Clara Costa, chefe substituta do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama.
*Com informações do Brasília Ambiental